Um adesivo não é só um adesivo

CTV LAB
4 min readApr 6, 2021

Quando pensamos em mídia, imediatamente visualizamos uma tv, um jornal, uma rádio, mas sabia que mídia pode ir muito além disso?

Cançõs populares, grafittis, tatuagens, bottons, poster, teatro, histórias em quadrinhos, murais, roupas e adesivos também são veículos de mídia importantíssimos.

Através da História podemos perceber a quantidade gigantesca de informação que é possível encontrar nessas mídias radicais. Cada uma dessas mídias é plataforma para expressarmos nossas ideias, nossas perspectivas de futuro, nosso posicionamento no mundo e contar nossa história.

https://www.instagram.com/p/CNSpKN_HoXX/

você sabe o que é e onde surgiu o QR code?

senta que lá vem história:

Essa ideia de usar quadrados pretos como forma de etiquetar coisas não é tão nova quanto parece, ela existe desde 1994 e surgiu na indústria automobilística. Nada mais é que uma forma visual de armazenar dados de maneira eficiente.

Os usos de QR code são super amplos, pode ser usado para rastrear produtos, identificar itens, rastreamento de tempo, gerenciar documentos e usos gerais no marketing também (mais frequentes que nunca na programação da Globo, com códigos de desconto liberados ao vivo durante a programação do BBB, por exemplo).

Desde pagamentos, links de promoção, acesso a redes de wi-fi e video games até obituários (sim, QR codes nas lápides), esses quadradinhos pretos trazem uma possibilidade incrível: traduzir seu conteúdo digital pra uma mídia física e esse é o babado aqui hoje.

Na foto você pode ver (e escanear) nosso QR code que foi impresso em um adesivo pela @stickerzeira e pronto, nosso conteúdo digital tá online tbm no mundo físico, colado pelas paredes e agendas por aí, abrindo portais de acesso ao nosso território digital.

Quanta coisa cabe em um amontoado de quadradinhos né?

Mídias radicais alternativas

Em entrevista a Patrícia Wittenberg Cavalli, John Downing fala um pouco mais sobre o que, em sua perspectiva, vem a ser uma mídia radical alternativa:

PW — O que é de fato uma mídia radical alternativa?

JD — O universo da mídia radical alternativa é bem maior do que se pode imaginar. A título de ilustração podemos citar alguns exemplos, que não se restringem aos meios de massa que estamos acostumados: TV, rádio, jornal, cinema. Podemos qualificar como mídia radical: as canções populares, como a música negra de vários países, a dança afro-americana, o grafite praticado por gangues de jovens, a cultura hip-hop, o vestuário — que eu denomino mídia têxtil, como os que eram utilizados na Guatemala durante a ditadura militar. As colchas sul- americanas que eram usadas de forma clandestina, broches e buttons. Adesivos de párachoques de caminhões, rock de garagem, teatro de rua, e aí falo sempre no brasileiro Augusto Boal e seu Teatro dos Oprimidos, vídeos populares, TVs comunitárias, rádios comunitárias e de acesso ao povo. E muitos movimentos que hoje se encontram na Internet. Para mim a mídia radical alternativa está onde a base de tudo é a comunicação entre pessoas ativas, e essa comunicação possa ou não, ser mediada por aparelhos.

Ou seja: tudo o que transmite uma mensagem, que conecta pessoas e gera conversas vivas e ativas é uma mídia.

Isso quer dizer que tudo o que vestimos, escutamos e até a forma como nos movemos comunica alguma coisa (alô linguagem corporal) e essa percepção expande todas as possibilidades de atuação que temos quando vamos pensar em mídia, em mensagem e em construção de narrativas. Nossas escolhas comunicam coisas importantes sobre quem somos sem precisarmos dizer uma palavra que seja.

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Um espaço para comunicadores (re)imaginarem o futuro. Conheça a nossa história em: https://lnk.bio/ctv.lab