Porque o que postamos na internet importa?

CTV LAB
3 min readMar 15, 2021

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Ontem (14/03) tivemos mais uma edição do Emmy, premiação estadunidense de música e televisão. Entre os diversos momentos altos da noite, Beyoncé quebra o record de mulher mais premiada de todos os tempos, levando mais um troféu para sua coleção, são 28 no total.

Imagem: Divulgação

Em seu discurso de agradecimento, Bey comenta algo que merece um destaque especial:

“Como artista, eu acredito que faz parte do meu trabalho refletir a nossa época, e a nossa época tem sido muito difícil(…)” — Beyoncé

Essa frase traz a tona a importância de entendermos as nossas criações como reflexos da nossa época, as coisas que dizemos, fazemos e criamos, comunicam muito sobre a forma como nos posicionamos no mundo e mais que isso, o tipo de futuro que estamos tentando construir.

Abaixo você confere o discurso completo em inglês:

Somos testemunhas do presente

A internet é hoje um espaço de criação e transformação constantes, quanto mais gente acessa essa tecnologia, maiores são as possibilidades de histórias e narrativas que podemos deixar registradas.

Nós somos as testemunhas do presente e as coisas que falamos, pensamos e escrevemos são parte desse registro histórico que estamos deixando para as próximas gerações.

O que eu falo importa pra quem?

Você deve estar se perguntando, “ah, mas eu não sou a Beyoncé, ninguém liga pra o que eu digo”. É normal questionarmos a nossa própria grandeza e a comparação com outros mais bem sucedidos parece nos isentar do nosso papel nessa história. Mas as nossas narrativas são essenciais para compartilhar uma coisa que é única em cada um: perspectiva.

Já ouviu falar em Cyberativismo?

Ciberativismo é um tipo de ativismo realizado por grupos politicamente motivados, que utilizam as redes cibernéticas — a Internet — para a realização, mobilização e divulgação de causas políticas, culturais, sociais ou ambientais. — CIBERATIVISMO

Isso significa que nós, reles mortais, também temos nas mãos essa ferramenta importantíssima de disputa de narrativas, as coisas que postamos na internet colaboram pra reforçar esse outro lado da história, o que não está nas grandes mídias.

É aí que está o poder de contarmos nossas histórias, porque nossa perspectiva, apesar de ser única, também se relaciona com muitas outras, nós inspiramos e somos inspiradas pelas vivências umas das outras. Com a internet, conseguimos nos fortalecer e brigar por um mundo melhor.

Se você ficou curiosa para saber mais sobre o assunto, recomendamos essa entrevista com o professor Massimo di Felice para o Jornal da USP.

Somos feitas de histórias

Durante a Março Vermelho trazemos sempre questionamentos importantes sobre o papel da mídia e da comunicação na luta por igualdade e justiça para todas as mulheres. Hoje trouxemos essa reflexão para mostrar que sim, podemos transformar o mundo, de pouquinho em pouquinho, compartilhando e falando sobre nossas vivências, criando protótipos de outros futuros possíveis. Afinal, somos feitas de histórias.

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Um espaço para comunicadores (re)imaginarem o futuro. Conheça a nossa história em: https://lnk.bio/ctv.lab