Por Equipe Cative!
Chegou a hora de exaltar a campanha linda que foi o #MarçoVermelho
Em 2019 a gente não quis fazer só um post sobre o Dia das Mulheres, queríamos fazer algo maior, algo que abordasse ao menos uma porcentagem dos desafios de ser mulher em uma sociedade patriarcal. Foi por isso que surgiu a campanha Março Vermelho.
Terminado o mês de março, a gente teve algumas conquistas e novas bagagens de experiências quanto ao conteúdo que produzimos aqui na Cative!, especialmente o gráfico.
A cada semana a gente escolheu um tema para debater nas nossas mídias sociais, produzindo conteúdos diferentes para cada uma delas. Aqui no blog, escrevemos quatro textos especiais, no Facebook reproduzimos os textos e compartilhamos conteúdo de outros lugares para aprofundar o debate e no Instagram decidimos ousar ainda mais: criamos peças gráficas analógicas.
Como tudo começou?
A gente já explicou os motivos da criação da campanha aqui, mas foram alguns dias de planejamento e muito debate para decidirmos quais clichês sobre gênero que a Publicidade sempre usa que queríamos debater. Foram quatro: o dia da mulher em si, a mulher guerreira, a mulher que faz História e masculinidade tóxica (afinal isso afeta diretamente as mulheres).
Mas a ideia de criar conteúdos gráficos analógicos na verdade surgiu de um imprevisto: o computador da nossa designer pifou bem no primeiro dia de produção de conteúdo para a campanha.
Daí a Julia, nossa chefe-executiva, teve a ideia de fazer uma colagem para perguntar para as mulheres de nosso Instagram o que elas queriam de presente no dia 08/03. Com revistas, tinta e pétalas de rosa em mãos a Ana Paula, nossa designer, entrou de cabeça na missão e produziu o primeiro post para a campanha no Instagram.
A partir dessa solução, decidimos continuar na pegada mais manual e criar os outros conteúdos da série também no mundo físico. Para Ana Paula, o desafio foi intenso. “O problema de fazer as coisas manuais é que não tem como voltar atrás. Se eu errasse não tinha como eu descolar um negócio ou apagar a tinta que eu tinha colocado na colagem”.
Na segunda semana, fizemos um infográfico com dados sobre suicídio masculino e feminicídio — dois fatos relacionados a masculinidade tóxica que permeia nossa sociedade. A arte digital se tornou um lambe que colamos na tabacaria Fumacê. “O legal do lambe é que está lá até hoje, com esses dados super importantes para as pessoas lerem quando estiverem por lá”, opina Ana Paula.
Na terceira semana de campanha, o assunto abordado foi o clichê da Mulher Guerreira. Se no Facebook aproveitamos para compartilhar os quadrinhos geniais da quadrinista francesa Emma, no Instagram decidimos produzir um vídeo com dados sobre a tripla jornada da mulher brasileira.
Com uma cartolina e papel sulfite, produzimos as artes com os dados coletados e gravamos um vídeo montando o “infográfico” da semana. “O maior problema dessa produção foi que a gente gravou, postou e só depois viu que tinha uma linha de informação trocada, então tivemos que refazer o vídeo. Mas a gente tinha guardado os materiais, então deu tudo certo no final”, conta Ana Paula.
Na última semana de campanha, abordamos o tema Mulheres na História e para o Instagram criamos um estêncil. Para Ana Paula, foi o conteúdo mais trabalhoso, mas o que ela mais gostou de fazer. “Normalmente o estêncil se faz com acetato, mas como a gente não tinha fizemos com papel mesmo. Fiquei uma tarde cortando as letras, mas o resultado final pintado na parede da Cative! ficou maravilhoso”, explica.
No final do mês, ganhamos novos seguidores, novas perspectivas de debates e o aprendizado de que nesse mundo digital a arte física ainda tem muito espaço. “É bom tirar um pouco a cabeça do computador. Você precisa pensar muito mais quando está mexendo com algo físico, porque se você errar um CTRL+Z não resolve tudo. É um desafio enorme que a gente não está mais acostumado. Eu não lembrava mais, por exemplo, como era fazer uma colagem. Foi um aprendizado muito importante e uma coisa que a gente quer fazer outras vezes”, conclui Ana.
Para (re)ler todos os textos da campanha #MarçoVermelho:
Texto 01: #MarçoVermelho: por que criamos?, acesse aqui.
Texto 02: Masculinidade tóxica: o que o Marketing tem a ver com isso?, acesse aqui.
Texto 03: Por que as mulheres precisam ser guerreiras, acesse aqui.
Texto 04: Você conhece as mulheres que estão fazendo História agora?, acesse aqui.
E aí, você acompanhou a #MarçoVermelho? Gostou? Tem críticas? Comenta aqui embaixo sua opinião sobre a campanha e nosso modo de produção!