O que ficou com o que vimos e (infelizmente não presenciamos) das Olimpíadas

CTV LAB
4 min readAug 25, 2021

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As discussões paralelas, para além de performances e resultados, que precisamos nos lembrar sobre Tokio 2020.

No Brasil é preciso fazer “das tripas coração” pra viver sendo atleta. A falta de investimento vem com força!

R$550 é a média salarial que cada ginasta recebe. Dá pra bancar passagem né?

Foto: Reprodução Economia.UOL

O Brasil fechou os Jogos com 21 medalhas. E isso é incrível, pensando que o governo Bolsonaro extinguiu o Ministério do Esporte e o Bolsa Atleta não tem reajuste desde 2010.

Fonte: Reprodução Twitter/ <https://twitter.com/hey_mika/status/1365271815350849538>

E há quem romantize tudo isso. Só parem.

Pra quem não sabe a atleta Naomi Osaka acendeu a pira olímpica durante a cerimônia de abertura dos Jogos. Isso diz muito sobre a mensagem transmitida por parte do evento.

Foto: Reprodução G1/REUTERS/Mike Blake

Naomi é filha de imigrantes, a mãe japonesa e o pai haitiano, ou seja, a questão sobre racismo dobra!

Foto: Reprodução/ YahooEsportes

E isso nos lembra também sobre como as Olimpíadas são um espaço importante de manifestação. Lembrando que o Comitê Olímpico Internacional passou a permitir manifestações políticas, mas não quando os atletas estão no pódio. Como assim?

Foto: Reprodução/G1

Raven, atleta de arremesso de peso, ergueu os braços e os cruzou em forma de X no pódio. Ela explica que o ato representava “o cruzamento em que todas as pessoas oprimidas se encontram”.

Foto: Reprodução G1/ Hannah Mckay/Reuters

E tudo começou em 1968, com essa foto que causa arrepio até hoje.

Foto: Reprodução / John Dominis/The LIFE Picture Collection via Getty Images

E ainda temos muito que aprender e melhorar sobre diversos tipos de opressões. Como o racismo amarelo/ marrom, por exemplo, destinado às pessoas do Oriente Médio e países “orientais”, envolvendo estereótipos e xenofobia.

E em busca de like no Twitter parece que vale tudo, inclusive falar que “Hiroshima e Nagasaki foi pouco”, ou seja, justificando um evento traumático, de guerra dos Estados Unidos contra o Japão. Super tranquilo falar sobre isso, não?

Foto: Reprodução Buzzfeed

Também ficou marcado na história a atitude corajosa da ginásta Simone Biles ao priorizar a saúde mental e escolher não competir.

Foto: Twitter @Simone_Biles <https://twitter.com/Simone_Biles/status/1428065252051144710>

E pra variar, sempre tem quem critique qualquer tomada de decisão. Falar sobre saúde mental ainda é vinculado com falta de força de vontade ou “mimimi”, e pra eles, o recado tá aí:

Bateu a saudade? Corre acompanhar as paralimpíadas, que começaram nesta terça-feira (24).

Brasil segue com 253 atletas, a maior delegação das Paralimpíadas de Tóquio e com um total de 301 medalhas.

Ilustração: Reprodução/ CBVD

E fica a indicação de conteúdo da jornalista Ana Clara Moniz que está fazendo essa cobertura no Instagram, como mídia independente.

Ela questiona a lacuna presente nas grandes mídias que não transmitem as paralimpíadas e luta por mais acessibilidade e representatividade.

Foto: Instagram @_anaclarabm <https://www.instagram.com/_anaclarabm/?hl=pt-br>

Materiais de pesquisa:

https://www.instagram.com/_anaclarabm/

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