A sua marca está pronta para lidar com o comportamento do brasileiro na internet?

CTV LAB
3 min readAug 8, 2018

--

Por Equipe Cative!

O meme Nazaré Confusa já é um patrimônio nacional

Como agosto é o mês mais longo do ano decidimos falar sobre um tema que pode ser tão extenso quanto esse mês: o comportamento dos brasileiros na internet.

Existe um brasileiro em qualquer canto do mundo e na internet não seria diferente. Nossa presença online é tema de debates constantes, afinal quando querem, os brasileiros causam — e causam muito.

Durante a Copa do Mundo na Rússia tornamos um “simples engenheiro espacial” em fenômeno no Instagram, cantamos o hino nacional nos replies de qualquer gringo que criticava a Seleção, disputamos a Terceira Guerra Memeal com Portugal e como não podia deixar de ser: zoamos os gringos. A principal vítima foi o ator inglês Matthew Lewis, o Neville Longbottom da saga Harry Potter que ousou zoar Neymar e cia e depois teve que aguentar a zoeira dos brasileiros quando a Inglaterra foi eliminada nas semifinais.

O ator Cole Srouse já aprendeu a lição: “Maneiras rápidas de matar sua carreira no meio do entretenimento: 3) machucar um cachorro 2) discriminação de qualquer tipo 1) ofender brasileiros”

Esse comportamento não surgiu agora, desde o a popularização do Orkut os brasileiros são conhecidos pela suas manifestações incisivas nas redes sociais. Especialmente no Twitter, há sempre uma união de brasileiros para defender a pátria. Seja de onde for a crítica, sempre haverá um grupo de tuiteiros para defender nosso país. O problema ocorre quando essa defesa sai da esfera da “zoeira” e parte para a ignorância, ódio e até mesmo xenofobia.

A internet tem a capacidade de mostrar o pior e o melhor lado das pessoas e especialmente quando há um grande grupo envolvido, as chances de se partir para a ignorância aumentam consideravelmente. Isso assusta muitos estrangeiros que acreditam que o brasileiro é um povo pacífico — se não somos no mundo offline, não seríamos no online, mas o estereótipo ainda persiste.

O Brasil é um mercado muito específico e as marcas precisam ficar atentas a isso. Um exemplo básico de “a internet não esquece” foi a resposta de Anitta às cobranças de posicionamento sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco. A cantora que tem um engajamento invejável com sua base de fãs na internet soltou um pronunciamento apenas dias após o crime e não agradou em nada ao público. Até hoje, em qualquer notícia relacionada a Anitta existe ao menos um comentário “vou ler daqui a três meses”, em alusão a parte do texto em que Anitta disse que se pronunciaria sobre Marielle daqui a três meses.

Após as criticas, Anitta excluiu a publicação

Claro, não serão todas as pessoas que vão lembrar ou se importar com os deslizes de marcas e famosos, mas é grande a parcela do público que recorda de cada detalhe e precisamos estar preparados para lidar com tais situações.

É essencial fazer uma pesquisa profunda antes de uma marca firmar parceria com influenciadores e artistas, pois basta uma escorregada para um grupo de pessoas estarem a postos para buscar todos os deslizes do passado mais distante.

Quais são suas estratégias para lidar com deslizes dos parceiros? Como sua empresa faz pesquisa prévia antes de fechar contrato de publicidade? Até o final do mês traremos outros recortes sobre o comportamento dos brasileiros para te ajudar a refletir em suas estratégias.

Até lá!

--

--

CTV LAB

Um espaço para comunicadores (re)imaginarem o futuro. Conheça a nossa história em: https://lnk.bio/ctv.lab